Sou Machista!
Eu sou machista… Sim, eu digo que sou machista, porque não acredito na igualdade dos géneros. Não acredito nem quero que uma mulher seja igual a mim.
Acredito sim na complementaridade dos géneros.
Quando olhamos para as mulheres, quase tudo que são os pontos fortes das mulheres tornaram-se vistos como coisas fracas, como a sensibilidade, a delicadeza, o gosto pelo lar, o tomar conta de bebés, falar muito, arranjar problemas em todo o lado, chorar, etc…
Por vezes essas fraquezas vão mais longe e são ate consideradas negativas como a sensualidade (são objectos sexuais), a sexualidade (são p*tas, induzem ao pecado) ou então valoriza-se as mulheres quando são masculinas (decididas, assertivas, mandonas, PAGAREM A CONTA DO Jantar, etc.)
O genial é que isto está tão entranhado na nossa sociedade, tanto na cabeça de homens como na cabeça de mulheres. Uma mulher que tem vários homens não é bem vista (nem por homens, nem por mulheres), mas um homem sim. Uma mulher que seja sensual também não é bem vista, mas todos a querem olhar.
Imagino que isto é resultado de uma enorme campanha de séculos de lavagem cerebral e submissão da mulher. Feita por homens misóginos, não por machistas.
Machismo para mim deveria ser o enaltecer do papel sagrado do homem.
Mas não é o que se faz. Esses outros machistas são homens que odeiam mulheres e o que elas representam e por isso as objectificam e as querem transformar em homens.
Misóginos criaram a ideia de que a única coisa que interessa é o poder material, e que por isso tudo o que é feminino (que é interior, essência, saber) fica em segundo lugar para tudo o que é masculino (que é exterior, poder, dinheiro, sinais de riqueza material). Resultado, a mulher para ser respeitada tem que mostrar poder, dinheiro. Mas ao mesmo tempo deixa de dar valor a tudo o que tem em si.
Ser Machista deveria ser reconhecer que a mulher trás muita outra coisa para a “mesa.” Traz o subtil, trás o sonho, a personificação do desejo, da musa.
Traz a sedução a energia da vida, a criação, a ligação ao centro, à alma. O que ela traz para a mesa é impagável.
O homem arranja se em minutos, a mulher em horas. O homem pode vir de qualquer maneira desde que minimamente apresentável, a mulher vem, é a mais bela da sala, seduzindo todos mas só tendo olhos para ele…
Não será isto muito mais precioso que o preço da factura de um jantar?
A mulher dá sentido ao homem. O homem é um guerreiro, um caçador, mas precisa de uma causa, uma musa. O seu nome é mulher. Na minha masculinidade acredito assumir o meu papel, e reconhecer que a mulher com quem vou jantar comigo deve ser tratada como uma mulher, não como um homem. Deve ser tratada, cortejada e protegida como a Rainha que é. Pois ela é a consorte do seu Rei.- Juntos complementam se: O homem compra comida, mas é a mulher que torna aquele momento numa refeição memorável e inesquecível…
Caramba!!!! face a isto, o mínimo que o homem pode fazer é tomar conta das coisinhas insignificantes como pagar pela comida, dar lhe atenção, olha la nos olhos, e aprender com ela, ouvi-la. Eu adoro as mulheres. São sagradas para mim. Tal como a minha masculinidade é sagrada.
Complementamo-nos.
Está é a minha crença… Eu quero ser machista... Continuar a abrir portas... Andar entre a mulher e a berma da estrada... Dar lhe à mão para subir e descer escadas... Ouvi-la... Olhá-la...
Mas vou também ser a sua ligação ao mundano e dar lhe a segurança de estar com alguém que sabe o que quer…
Pois esse é o meu papel… Sou machista!
Henda, 31 de agosto de 2017