Paixão

João: Tenho uma pergunta para ti… Sentes te responsável pelas pessoas que se apaixonam por ti?
Sara: Sim!
João: Como podes ser responsável por algo tão íntimo como a paixão do outro? Não sei mesmo.
Sara: Como assim?

João: É que... Na paixão... eu sinto tanto!... É imenso!... Sinto no coração um calor, na pele um arrepio, na garganta uma ânsia, no peito um peso, nas mãos uma vontade, nas entranhas um medo.

E sim, noto me mais velho do que antes. Já sei dizer que estou apaixonado. Já aprendi como a dor é certa, mas o sofrimento não. Ainda recordo como é forte em mim, como sempre foi... e como durante anos lhe fugia, pelo desconforto da confusão, pelos caminhos por onde me arrastava descalço, e pelas emoções que me rendiam incapaz de reagir, raciocinar ou racionar tudo isso!

Hoje já não sou a paixão. Vivo a paixão, sim... mas não sou a paixão. E vou aprendendo na pele que tudo passa e só fica o agora. Vivo a Insegurança e a Segurança de quem já conhece a sua insegurança. E agarro me ao que sou. Amor. Isso sim. Sou amor, na minha forma estranha e esquisita, confusa, completa e… “messy”.

Mas sou amor.

photo by gitgitau_photography @Pexels.com


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